Sempre me perguntam porque eu escolhi fazer jornalismo. Na maioria das vezes eu respondo o que a maioria deve responder: “Porque eu gosto”, “Porque eu amo escrever”, “Porque eu não me vejo fazendo outra coisa”. Bom, nenhuma dessas coisas é mentira, mas há muito além que isso.

Eu não irei falar sobre a profissão ou a faculdade, mas o que me levou a escolher tal curso.

Quando eu me mudei para São Paulo, minha mãe começou a trabalhar na Editora Abril. Não, ela não trabalhava como jornalista ela trabalhava nos Recursos Humanos. E uma vez eu tive a oportunidade de ver a recepção da Abril. Sabe o filme O Diabo veste Prada? Então, é parecidíssimo. Minha mãe me contava sobre o trabalho, e eu ficava encantada. Foi aí que surgiu o meu sonho escondido. Escondido? Mais tarde você entenderá o porquê.

Eu cresci, falando que iria fazer Medicina. Quem acompanha o blog há algum tempo sabe que esse era o meu objetivo. Sim, um objetivo que deram a mim. Não que alguém tivesse me forçado a isso, mas eu sempre escutei que Medicina era o melhor e eu queria ser a melhor, porque só os melhores entravam para esse curso. Então mantive o meu sonho de ser jornalista escondido em algum lugar. Continuei escrevendo e escrevendo, lendo e lendo, mas o meu foco ainda era Medicina. Não digo hoje que não gosto do curso. Eu continuo gostando e admirando o curso e a profissão, quem sabe num futuro distante eu não faça? Mas agora, eu quero fazer a diferença, aí entrou o Jornalismo.

Eu sempre quis poder fazer a diferença na vida de alguém, e escrevendo eu descobri que eu posso fazer isso.

Um dos meus professores perguntou se nós já tínhamos um projeto para o futuro, e eu tenho a resposta: Sim, eu tenho um projeto. Eu não me vejo fazendo outra coisa a não ser trabalhar na Editora Abril. Nossa, mas você não acha que isso está um pouco fora da realidade? “O mundo é das pessoas que sonham” e o meu sonho é esse.

Eu sempre gostei muito de conviver com pessoas mais novas que eu, por isso tenho em mente escrever para adolescentes/jovens. Eu tenho vontade de mostrar que há muito mais no mundo, que nós podemos fazer a diferença. As vezes eu acho que algumas coisas passadas para os adolescentes são tão fúteis, e há muito mais no mundo do que isso.

Na minha adolescência eu me sentia tão longe de alcançar qualquer tipo de projeto, porque eu achava que só um determinado grupo de pessoas privilegiadas conseguiriam, mas não é bem assim. Eu também posso conseguir, você também pode, nós podemos!

É por isso que eu escrevo, é por isso que eu não desisti do meu sonho e espero que vocês também não desistam do seus, não importa quais sejam!

Escolham brilhar,

Andressa